domingo, 30 de outubro de 2011

Avanços e desafios da inclusão escolar

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

desenho de Menino lendo um livro sentado no chão para colorir
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ImprimirE-mail
Definições
Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.

Fonte:

Informações Básicas Sobre a Deficiência Mental
Definição
Deficiência Mental - funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes  dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização dos recursos da comunidade; (Redação dada pelo Decreto nº 5.296, de 2004)
e) saúde e segurança;
f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho;
V) deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências.

Tipos

Os indivíduos portadores de deficiência mental não são afetados da mesma forma, assim, dependendo do grau de comprometimento. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em 1976, essas pessoas eram classificadas como portadoras de deficiência mental leve, moderada, severa e profunda.

Contudo, atualmente, tende-se a não enquadrar previamente a pessoa com deficiência mental em uma categoria baseada em generalizações de comportamentos esperados para a faixa etária.

O nível de desenvolvimento a ser alcançado pelo indivíduo irá depender não só do grau de comprometimento da deficiência mental, mas também da sua história de vida, particularmente, do apoio familiar e das oportunidades vivificadas.

Causas e fatores de risco

São inúmeras as causas e os fatores de risco que podem levar à instalação da deficiência mental.

É importante ressaltar entretanto, que muitas vezes, mesmo utilizando sofisticados recursos diagnósticos, não se chega a definir com clareza a etiologia ( causa ) da deficiência mental.
A) Fatores de Risco e Causas Pré Natais: são aqueles que vão incidir desde a concepção até o início do trabalho de parto, e podem ser:
" Desnutrição materna.
" Má assistência à gestante.
" Doenças infecciosas: sífilis, rubéola, toxoplasmose, ( medicamentos teratogênicos ), poluição ambiental, tabagismo.
" Genéticos: alterações cromossômicas ( numéricas ou estruturais ), ex: Síndrome de Down, Síndrome de Matin Bell, alterações gênicas, ex: erros inatos do metabolismo ( fenilcetonúria ), Síndrome de Williams, esclerose tuberosa, etc.

B) Fatores de Risco e Causas Periantos: os que vão incidir do início do trabalho de parto até o 30° dia de vida do bebê, e podem ser divididos em:
" Má assistência ao parto e traumas de parto.
" Hipóxia ou anóxia ( oxigenação cerebral insuficiente ).
" Prematuridade e baixo peso 9 PIG - Pequeno para idade Gestacional ).
" Icterícia grave do recém nascido - Kernicterus ( incompatibilidade RH/ABO ).

C) Fatores de Risco e Causas Pós Natais: os que vão incidir do 30° dia de vida
até o final da adolescência e podem ser:
" Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global.
" Infecções: meningoencefalites, sarampo, etc.
" Intoxicações exógenas ( envenenamento ): remédios, inseticidas, produtos químicos ( chumbo, mercúrio, etc ).
" Acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas, etc.
" Infestações: neurocisticircose ( larva da Taenia Solium ).

Identificação

Atraso no desenvolvimento neuro-psicomotor ( a criança demora para firmar a cabeça, sentar, andar, falar ).

Dificuldade no aprendizado ( dificuldade de compreensão de normas e ordens, dificuldade no aprendizado escolar ).
É preciso que haja vários sinais para que se suspeite de deficiência mental. Um único aspecto não pode ser considerado como indicativo de qualquer deficiência.

Diagnóstico

Sempre que possível o diagnóstico da deficiência mental deve ser feito por uma equipe multiprofissional, composta pelo menos de um assistente social, um médico e um psicólogo.

Tais profissionais atuando em equipe, tem condições de avaliar o indivíduo em sua totalidade, ou seja, o assistente social através do estudo e diagnóstico familiar ( dinâmica de relações, situação do deficiente na família, aspectos de aceitação ou não das dificuldades da pessoa, etc ). Analisará os aspectos sócio culturais; o médico através da anamnese acurada e exame físico ( recorrendo a avaliações laboratoriais ou de outras especialidades, sempre que necessário ) analisará os aspectos biológicos e finalmente o psicológicos e nível de deficiência mental.

Posteriormente, em reunião, todos os aspectos devem ser discutido em conjunto pelos profissionais que atenderem o caso, para as conclusões finais e diagnóstico global, bem como para a definição das condutas a serem tomadas e encaminhamentos necessários, sendo então a família chamada para as orientações devolutivas e encaminhamentos adequados.

Acreditamos que com essa sistemática de trabalho em equipe, é bem mais fácil a orientação da família que, após entender as potencialidades do filho e suas necessidades poderá participar e cooperar nos tratamentos propostos. A participação familiar é fundamental no processo de atendimento à pessoa com deficiência mental.

O diagnóstico de deficiência mental é muitas vezes difícil. Numerosos fatores emocionais, alterações de certas atividades nervosas superiores, como retardo específico de linguagem ou dislexia, psicoses ou baixo nível sócio econômico ou cultural podem estar na base da impossibilidade do ajustamento social adaptativo adequado, sem que haja necessariamente deficiência mental. Estes fatores devem ser levados em conta e portanto adequadamente diagnosticados quando uma criança suspeita de ter uma deficiência mental é submetida à avaliação de sua capacidade intelectual permitindo a avaliação das possibilidades de inserção social da criança e orientando a abordagem terapêutica e educacional.

Prognóstico

Todo o investimento em programas de estimulação precoce, pedagogia e ocupacionais(profissionalizantes ou não) visa sempre o pleno desenvolvimento do potencial apresentado pelo indivíduo e a inserção social do mesmo a sua comunidade. Quanto maior for a integração social da pessoa tanto maiores serão as suas oportunidades de aceitação e inclusão na sociedade.

Como auxiliar alguém com deficiência mental

Cumprimente-a normalmente. Geralmente, uma pessoa com deficiência mental é carinhosa, disposta e comunicativa.
Expresse alegria ao encontrá-la, dê-lhe atenção e mantenha a conversa até onde for possível.
Evite a superproteção, seja a pessoa uma criança, um jovem, adulto ou idoso. Ajude-a somente quando for necessário.

A deficiência mental não é uma doença. Pode ser conseqüência de alguma doença, por isso não utilize palavras pejorativas.
Quando necessário, busque mais informações junto a associações ou entidades especializadas.

 extraído do site: http://www.deficientesemacao.com/deficiencia-intelectual

domingo, 23 de outubro de 2011

Deficiência visual

Como lidar com uma pessoa cega

1º Lembre-se que a pessoa cega, por norma, apenas tem a limitação de não ver com os olhos, dispondo de todas as demais capacidades, muitas vezes ainda mais desenvolvidas. Por isso fale com ela e trate-a com naturalidade;
Disponibilize-se a ajudá-la caso a mesma o solicite ou demonstre grandes dificuldades;
Não a agarre pelo braço ou pela bengala, mas disponibilize o seu ante braço caso a queira ajudar a conduzir;
Sempre que se aproxime um degrau ou declive mais acentuado, faça uma breve pausa para que a pessoa cega se aperceba;
Ao aproximar-se do deficiente visual, fale sempre para que este o identifique e o localize melhor;
Não inferiorize nem lastime a pessoa cega, mas sim procure valorizar o seu trabalho e as suas capacidades;
7º Não evite utilizar o verbo ver quando dialoga com um deficiente visual, pois ele também vê, embora de uma forma diferente;
Quando cruzar com uma pessoa cega das suas relações, cumprimente-a, pois ela não pode tomar essa iniciativa;
Em grupo, sempre que seja possível, evite promover atividades em que o deficiente visual não possa participar;
10º Quando se ausentar diga que o vai fazer, caso contrário o cego pode ficar a falar sozinho;
11º Evite comentários sobre a deficiência, mesmo nas suas costas. Lembre-se que os cegos normalmente têm bom ouvido;
12º No café ou no restaurante ao dirigirem-se para uma mesa, coloque a mão da pessoa cega nas costas da cadeira onde se deve sentar, para que ele se possa orientar melhor.

Fonte: www.ibc.gov.br