quarta-feira, 30 de maio de 2012

Disgrafia

Algumas vezes encontramos, crianças com letra feia, realizamos muitas caligrafias e nada, parece que ela não tem vontade, que está com pressa, que é descuido, porém o problema pode ser mais sério e requer que o professora com seu  olhar diferenciado perceba se isso é descuido ou se tem algo mais sério.
A observação, o olhar do professor para essa criança é fundamental, pois poderá perceber alguns sinais de disgrafia.

Estes são os sinais de disgrafia normalmente presentes em crianças com esta dificuldade:
  • Má organização da página
  • Texto sem unidade, desordenado
  • Aspecto do conjunto “sujo”
  • Letras deformadas
  • Choques entre as letras
  • Traços de má qualidade
  • Letras corrigidas diversas vezes
  • Enlaces mal feitos
  • Espaços entre as linhas e palavras irregulares, linhas mal mantidas
  • Pouco grau de nitidez entre as letras
  • Dimensões exageradas (muito grandes ou pequenas)
  • Desproporção entre pernas e hastes.
  • Postura gráfica incorrecta
  • Preensão e suporte inadequados dos instrumentos de escrita
  • Ritmo de escrita muito lento ou muito rápido
  • Dificuldades na escrita de números e letras
  • Dificuldades de imitar o que vê (martelar, amarrar sapatos, fazer mímicas)
  • Fenómenos dolorosos geralmente por hipertonia de mão e dedos
  • Dificuldades para copiar letras e outros símbolos pois não oferecem pista dos padrões motores que se deve usar
  • Desenhos distorcidos, mal colocados na folha, sem proporção ou planeamento e pobres em detalhes
  • Excessiva inclinação da folha ou ausência de inclinação
                                       Tratamento e orientações:
Como tratar – Assim como em outros transtornos de aprendizagem, o tratamento da disgrafia é multidisciplinar e envolve neurologistas, psicopedadogos, fonoaudiólogos e terapeutas. Medicamentos só são indicados quando existem outros transtornos envolvidos, como déficit de atenção (DDA) ou hiperatividade.

Em relação à parte motora, Raquel Caruso, do Edac, afirma que é necessária uma preparação prévia do paciente, com exercícios mais amplos, para depois chegar à escrita. “O ponto principal é trabalhar com o corpo, com exercícios como manusear a argila e massagens, e depois partir para o específico, que é a escrita e outros problemas, como o de memória”, explica. “Vemos apenas o produto final, que é a letra ilegível, mas existe muita coisa por trás disso”. O tratamento pode levar meses e até anos, variando conforme o caso. O objetivo não é atingir a letra bonita, mas, sim, legível. E dar uma forcinha para o processo de aprendizado das crianças.
O tratamento requer uma estimulação lingüística global e um atendimento individualizado complementar à escola.
Os pais e professores devem evitar repreender a criança.
Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista.
Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral.
Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas. Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva