sexta-feira, 11 de abril de 2014

Avaliação: observação e registro

Quando vamos elaborar um parecer ficamos um pouco apreensivos  sobre o que iremos escrever, encontrei esse material informativo e resolvi dividir com vocês a leitura do mesmo. Espero que enriqueça e facilite o seu trabalho!


Avaliação: Observação e registro

Ser educador é gestar em si a sensibilidade pedagógica da inconformidade, da inconcretude, lançando-se na empreitada de não se contentar com as explicações fáceis, superficiais e com a rotina mecânica que ofusca, muitas vezes, a criticidade e a criatividade” (SILVA, 2004, p.17) 

As palavras acima são um convite à reflexão sobre o papel desempenhado pelos professores, frente aos muitos desafios que se apresentam no cotidiano escolar.
Dentre esses desafios, a grande responsabilidade que emerge do processo avaliativo, na perspectiva da avaliação formativa: o compromisso com a aprendizagem e com o desenvolvimento de todos os alunos.
Assim, avaliar o aluno, assumindo o compromisso com a sua aprendizagem, implica conhecê-lo. E, para isso, é preciso observá-lo. A observação atenta e reflexiva é, portanto, um dos procedimentos fundamentais para a prática avaliativa formativa, e ocorre durante a rotina de trabalho desenvolvida pelo professor com e para os alunos, nos diversos tempos e espaços escolares.

Mas, como observar cada aluno, diante da dinâmica intensa que se faz presente nesses diferentes espaços que, em seu conjunto, são ambientes de aprendizagem? 
Uma boa estratégia é fazê-lo diariamente, a partir de pequenos grupos de cada vez ou de acordo com a necessidade individual. Entretanto, considerando-se as limitações próprias da memória humana, para que essas observações possam subsidiar o processo avaliativo, é necessário que elas sejam registradas.

Onde registrar ? 
Estas anotações podem ser feitas em um caderno cujas folhas possam ser acrescentadas ou retiradas, facilitando assim a inclusão de novas informações.

Que quantidade de anotações deve ser feita? 
O importante não é a quantidade de informações registradas, mas sim, a sua utilidade para o professor. O exercício desta prática conduzirá à seleção das situações, frases, ou fatos mais relevantes e que merecem serem registrados.
• O que anotar ? 
As anotações devem ser contextualizadas, ou seja, devem constar a data, o horário e a situação em que tal fato ocorreu.
Como anotar ?
O que foi visto e ouvido é anotado sem interpretações ou julgamentos. O objetivo dos registros das observações é a construção do retrato do aluno. As interpretações serão realizadas posteriormente.
• Quando anotar? 
Estas anotações poderão ser feitas a partir de um planejamento prévio da observação, ou ainda realizadas espontaneamente, quando algo interessante acontecer.
Comentários sobre as necessidades individuais:
 Enquanto nos outros itens as anotações se referem ao que foi observado, este espaço é destinado a registros acerca do “significado do que foi observado, das preocupações e ações a serem desenvolvidas. Esses comentários referem-se às necessidades individuais dos alunos. Por exemplo: Isto tem acontecido sempre que ele chega atrasado. Conversar com ele para saber a razão constante dos atrasos.”

As observações realizadas e registradas possibilitam ao professor refletir sobre as situações evidenciadas. Algumas questões podem orientar essa reflexão, tais como:
• Que conquistas o aluno demonstrou nesse período, em relação às expectativas de aprendizagem propostas?
• Que aspectos ainda necessitam ser trabalhados para que ele alcance as expectativas de aprendizagem propostas?
• Quais foram as intervenções realizadas no sentido de auxiliá-lo na superação de suas necessidades?
• Como o aluno respondeu a essas intervenções?
• Que outras providências podem ser tomadas para auxiliá-lo?
Certamente, outras questões poderão ser somadas a essas, tendo em vista outros aspectos que o professor julgue necessários para as suas reflexões e para a promoção de melhores condições de aprendizagem para o seu aluno.

As anotações das observações realizadas, juntamente com a análise e com a reflexão a respeito de outros instrumentos de avaliação utilizados, permitem ao professor identificar as necessidades e potencialidades do aluno, considerando sempre, o caráter provisório do conhecimento.
Essa postura investigativa, reflexiva e respeitosa, acerca do processo de aprendizagem do aluno, será uma forte aliada do professor, uma vez que lhe fornecerá elementos para a reflexão da sua intervenção pedagógica e para a reorganização do seu trabalho.
A articulação da observação, da reflexão e da intervenção pedagógica fornece elementos para o preenchimento do Registro de Avaliação, instrumento de registro individual de avaliação das aprendizagens e do desenvolvimento do aluno.

Fonte:http://espacoeducar-liza.blogspot.com.br/2009/11/reflexoes-e-orientacoes-para-utilizacao.html

domingo, 6 de abril de 2014

Consciência fonológica

Pesquisando sobre alfabetização encontrei um material muito bom, vou postá-lo  e  óbvio dar crédito  a autora http://rosangelavalipsicopedagogia.blogspot.com.br, visitem seu blog é muito bom.

Consciência Fonológica


A alfabetização exige recursos e caminhos para nossas crianças se apropriarem e 
desenvolverem as habilidades de percepção, discriminação auditiva, bem como
 a composição gráfica de grafema=fonema.
Há algumas crianças que exigem mais tempo, mais treino, mais observação, mais 
contato com material de estimulação manual, visual e de letramento.
Deste modo no processo de alfabetização nos 
anos iniciais requer que a consciência fonológica 
seja trabalhada de forma lúdica para que favoreça
 o desenvolvimento no indivíduo das habilidades
 de percepção e manipulação da estrutura sonora
 das palavras. Por não ser algo homogêneo, a 
consciência fonológica apresenta diferentes níveis, 
ou seja, o nível da consciência de palavras que formam
 a frase, o da consciência de sílabas e, posteriormente,
 a consciência de fonemas. Cada um deles pode
 contribuir para o desenvolvimento dos outros, que por
 sua vez irão repercutir no aprendizado da leitura e da escrita. Existem muitas maneiras 
de estimular a consciência fonológica, mas, se o processo for lúdico, o resultado será mais
 satisfatório.

Jogos com rimas


A sensibilidade às rimas surge com bastante facilidade para a maioria das crianças.
 Por isso, os jogos com rimas são uma excelente iniciação à criação da consciência
 fonológica. Por direcionar a atenção das crianças às semelhanças e diferenças
 entre sons das palavras, esses jogos são uma forma útil de desenvolver a percepção 
de que a língua não tem apenas significado e mensagem, mas também uma forma física.
Enfatizando a rima por meio do movimento
Materiais:
★ Aparelho de som e CD de músicas infantis rimadas Objetivos:
★ Concentrar a atenção das crianças na rima

O jogo multissensorial é, em geral, um meio valioso de atrair a atenção de crianças pequenas.
A tradicional música infantil oferece uma base excelente para experimentar movimentos físicos
 no ritmo da rima. 
Confira:
1. As crianças sentam-se em círculo com as duas mãos fechadas à frente. 
2. Enquanto todas cantam a música, a pessoa que é a "escolhida" movimentasse em torno
do círculo e, suavemente, marca com batidas as palavras, primeiro na mão direita, depois
 na esquerda de cada criança. 
3. Uma criança cuja mão seja batida na última palavra, ou na palavra que rime, de cada verso
 (ou seja, em uma das palavras "mágicas") deve colocar essa mão nas costas. Assim que esconder
 ambas as mãos, a criança estará fora.
4. A última que permanecer com uma das mãos ainda à frente, torna-se "a escolhida".

Por exemplo: em O sapo não lava o pé, as palavras "mágicas" estão em negrito.
O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer
Ele mora lá na lagoa
Não lava o pé
porque não quer
mas que chulé!
Variação:
Amplie o jogo com outras rimas presentes em parlendas e músicas como Uni, duni, tê,
Um, dois, feijão com arroz, Cai, cai, balão, Marcha soldado, entre outras.

Este navio está levando um (a)...
Materiais:
★ Bola ou saquinho com grãos para atirar.

 Objetivos:
★ Ensinar as crianças a responder rapidamente

1. Peça que as crianças sentem-se em círculo. 
2. Para começar o jogo, diga: "O navio está levando um melão". 
3. A seguir, jogue a bola para alguma criança do círculo. Ela deverá pensar em outra carga
 para o navio levar e que rime com melão, como "o navio estão levando um botão", e jogar
 a bola de volta para você. 
4. Repetindo sua rima original (o navio está levando um melão), jogue a bola para outra
 criança, a qual deverá pensar em uma terceira carga (pão, por exemplo). 
5. Continue o jogo até que as crianças não tenham mais rimas. Então recomece com uma nova
 rima. 
6. Quando as crianças estiverem boas nas rimas, cada uma pode atirar a bola para outra em 
vez de atirá-la de volta para você.

Jogos com consciência silábica

A existência e a natureza das sílabas são introduzidas pedindo-se às crianças que batam palmas 
e contem as pulsações de seus próprios nomes. Estendendo esse desafio a uma série de palavras 
diferentes, o conceito de sílaba é fortalecido e enriquecido nas crianças.

Batendo palmas para os nomes
Objetivos:

★ Apresentar às crianças a natureza das sílabas, fazendo com que batam palmas enquanto 
contam as sílabas de seus próprios nomes:
1. Quando introduzir essa atividade pela primeira vez, demonstre-a usando vários nomes 
de tamanhos contrastantes. Pronuncie o primeiro nome de uma das crianças na sala de
 aula, sílaba por sílaba, enquanto bate palmas, por exemplo, A-na. 
2. Convide as crianças a dizer outros nomes e a bater palmas com você. 
3. Depois de bater palmas para cada nome, pergunte: "Quantas palmas vocês ouviram
 para esse nome?". Quando as crianças tiverem compreendido, peça que cada uma bata
 as palmas para o seu próprio nome.
Dica esperta!
Essa atividade pode ser feita com um canto rítmico, como:
 "Tome, tome, tome / Qual é seu nome?"

A caixa das sílabas
Materiais:
★ Uma caixa com vários objetos ou figuras de vários objetos
Objetivos:
★ Reforçar a capacidade das crianças de analisar palavras em sílabas

1. Junte uma série de objetos em uma caixa. Certifique-se de que haja objetos
 cujos nomes tenham diferentes números de sílabas. 
2. Convide um aluno a fechar os olhos, escolher um objeto e, de olhos abertos,
 nomeá-lo. Por exemplo: "Isto é um lápis". 
3. Todas as crianças deverão repetir o nome do objeto escolhido enquanto 
acompanham suas sílabas com palmas: lá-pis. 
4. Pergunte quantas sílabas foram ouvidas, cuidando para que ninguém fale
 rápido demais, antes dos outros.
Variação:
★ Depois que as crianças dominarem bem o jogo, você pode ampliá-lo: 
★ Usando a linha superior de um pequeno quadro, escreva os números 
1, 2, 3, 4 e 5, da esquerda para a direita.
★ Peça que uma criança tire uma figura da caixa e, usando o mesmo 
procedimento dos objetos, bata palmas e conte o número de sílabas. 
★ A seguir, a criança deve colocar o cartão com a figura abaixo do número
 correspondente no quadro, por exemplo: o cartão com a figura do lápis deverá
 ser colocada na coluna com o número 2.

Papo de ogro
Materiais:
★ Aparelho de som e CD de músicas infantis rimadas Objetivos:
★ Reforçar a capacidade dos alunos de sintetizar palavras a partir de sílabas separadas.


1. Convide todos a sentar em círculo e envolva-os em uma história:
Era uma vez um ogro gentil e pequenino, que adorava das presentes às pessoas.
 O único problema é que o ogro sempre queria que as pessoas soubessem qual era
 o presente antes de dá-lo. Mas o ogrozinho tinha uma maneira muito estranha de 
falar. Se ele fosse falar à criança que o presente era uma bicicleta, ele dizia 
"bi-ci-cle-ta". Só quando a criança adivinhasse qual era o presente é que ele ficava
 completamente feliz.
1. Agora, finja ser o ogro e caminhe pela sala, dando um "presente" a cada criança,
 pronunciando o nome do presente sílaba por sílaba. 
2. Quando a criança adivinhar a palavra, ela deve indicar outra criança para ganhar
 um presente.
Fonte: http://revistaguiainfantil.uol.com.br/


Professores e profissionais na área de alfabetização já devem estar cientes da
 importância e do enfoque atual voltado à Consciência Fonológica principalmente
 para o processo inicial de leitura e de escrita.
Já disponibilizo material sobre o tema neste blog. Adapto e aplico com meus 
aprendizes na sala de Apoio pedagógico no contra turno com ritmo diferenciado
 da maioria dos colegas de classe.
Com planejamento, confecção de material apropriado e usando muita criatividade, 
muito podemos auxiliar as crianças que demandam de mais tempo para compreensão
 e significado da leitura e da escrita.
Encontrei este material sucinto, esclarecedor e prático que pode auxiliar muito sobre 
o tema CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA.